jueves, 28 de marzo de 2013
miércoles, 1 de agosto de 2012
ESTAR ou FICAR??
O único caso em que podemos usar alternadamente os verbos estar e ficar é para localizar edifícios e localidades no espaço.
1) «O hospital está ao lado do hotel.»
2) «O hospital fica ao lado do hotel.»
Nos restantes casos, os dois verbos têm sentidos diferentes, pelo que não é possível substituir um pelo outro sem alterar, mesmo que ligeiramente, o significado da frase.
Entre outros usos, o verbo estar serve habitualmente para referir estados (incluindo meteorologia) ou localizações (tempo e espaço).
1) «Estou feliz com a notícia.»
2) «Ele não veio trabalhar porque está doente.»
3) «Está frio.»
4) «Nós estamos em casa.»
5) «A bagagem está no aeroporto de Lisboa.»
6) «Estamos em janeiro.»
O verbo ficar também pode reportar estados e localizações, mas tem subjacente uma ideia de permanência ou de mudança não planeada, eventualmente súbita.
a) «Fico feliz com a notícia.»
(O meu estado mudou para «feliz» ao receber a notícia inesperada.)
b) «Ele não veio trabalhar porque ficou doente.»
(Ele planeava trabalhar, mas o estado de saúde mudou para «doente».)
c) «Ficou frio.»
(Estava um tempo agradável e, sem se prever, a temperatura ficou baixa.)
d) «Nós ficamos em casa.»
(Iremos permanecer em casa, em vez de sairmos.)
e) «A bagagem ficou no aeroporto de Lisboa.»
(A bagagem não seguiu o percurso esperado, permanecendo em Lisboa.)
f) ? «Ficamos em janeiro.»
(Esta frase é agramatical, a não ser que alguém esteja a viajar no tempo e resolva permanecer no mês de janeiro de um determinado ano.)
Para tornar mais claro, poderemos dar como exemplo o seguinte diálogo telefónico:
– Onde estás?
– Estou em casa.
– Nós vamos ao cinema. Queres vir?
– Estou adoentada. Acho que fico em casa. [permaneço em casa]
– Agora fiquei preocupada contigo. Queres que leve um filme para vermos na tua casa? [mudança de estado para “preocupada”]
Em muitos contextos, é possível substituir o verbo ficar pelo verbo estar sem grande alteração de sentido, sendo mais difícil a substituição, no mesmo contexto, pelo verbo ser, como poderemos verificar no pequeno corpus que segue (o asterisco indica que a frase é inadequada, ou incorrecta):
1 – «O João começou a ficar triste com aquela situação.»1.1 – «O João começou a estar triste com aquela situação.»
1.2 – «O João começou a sentir-se triste com aquela situação.»
1.3 – (?) «O João começou a ser triste com aquela situação.»
2 – «O João começou a ficar preocupado.»
2.1 – «O João começou a estar preocupado.»
2.2 – «O João começou a ser preocupado.»
3 – «O João começou a ficar doente.»
3.1 – «O João começou a estar doente.»
3.2 – «O João começou a sentir-se doente.»
3.3 – «O João começou a ser doente.»
4 – «A sua atitude começa a ser preocupante.»
4.1 – * «A sua atitude começa a estar preocupante.»
4.2 – * «A sua atitude começa a ficar preocupante.»
5 – «A situação começa a ser preocupante.»
5.1 – «A situação começa a ficar preocupante.»
5.2 – (?) «A situação começa a estar preocupante.»
6 – «O edifício começou a ser construído.»
6.1 – «O edifício começou a ficar construído.»
6.2 – «O edifício começou a estar construído.»
Pela análise do corpus, verificamos que o verbo ficar pode ser substituído por estar em mais contextos do que porser, como já se referiu. Repare-se que apenas com os exemplos 5 o sentido se mantém próximo, embora tenha dúvidas quanto à correcção de 5.2.
Nos exemplos 2 e 3, ainda que o uso do verbo ser produza frases correctas, o seu significado é distinto do que têm as frases em que ocorrem os verbos ficar ou estar. Com efeito, em 2.2 e em 3.3, o adjectivo parece adquirir um valor de permanência que se não nota com os verbos ficar e estar. Tenho dificuldade em aceitar plenamente o exemplo 1.3, mas creio que veicula tal como 2.2 e 3.3 uma ideia de permanência.
Por outro lado, como se verifica em 1.2 e 3.2, os verbos ficar e estar podem ser substituídos em algumas situações pelo verbo sentir. Não excluo a possibilidade de poder ocorrer equivalência de sentido com outros verbos em outros contextos que não explorei.
Nos exemplos 6, as frases 6.1 e 6.2 veiculam, de certa forma, o contrário do que acontece com 6, uma vez que esta frase indica o início da obra, enquanto aquelas indicam que ela se aproxima do final.
Em síntese, o verbo ficar e o verbo estar produzem, em diversos contextos, sentidos próximos, na estruturacomeçar + a + infinitivo. Com menos frequência, o verbo ser pode veicular sentidos equivalentes aos que ocorrem em frases com o verbo ficar na estrutura em análise.
fuente: http://www.ciberduvidas.com
miércoles, 25 de julio de 2012
PALAVRÕES!!!
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."
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Tautologia/ Pleonasmo
Pleonasmo | Significado |
---|---|
Cego dos olhos | Se está cego, é dos olhos. |
Maluco da cabeça | Se está maluco, só pode ser da cabeça. |
Subir para cima | Se está subindo, logo, é para cima. |
Descer para baixo | Se está descendo, logo, é para baixo. |
Entrar para dentro | Se está entrando, logo, é para dentro. |
Sair para fora | Se está saindo, logo, é para fora. |
Hemorragia de sangue | A hemorragia já é um derramamento de sangue para fora dos vasos. |
Pessoa Humana | Se é uma pessoa, só pode ser humana. |
Unanimidade de todos | Se é unanime se trata de todos. |
Última versão definitiva | Se é a última versão, será a definitiva. |
Acabamento final | Se é um acabamento, só pode ser final. |
Amanhecer o dia | Se está amanhecendo, só pode ser o dia. |
Surpresa inesperada | Se é uma surpresa, logo, será inesperada. |
Dividir em duas metades iguais | Se são metades, logo, serão iguais. |
Comparecer pessoalmente | Se vai comparecer, só pode ser pessoalmente. |
Conviver junto | Se uma pessoa está convivendo com outra, só pode ser junto. |
Encarar de frente | Se a pessoa está encarando, só pode ser de frente. |
Fato real | Se é um fato, apenas poderá ser real. |
Gritar alto | Se uma pessoa grita, só pode ser alto. |
Vereador da cidade | Pois todo o vereador é da cidade. |
Certeza absoluta | Se uma pessoa tem certeza, ela só pode ser absoluta. |
Abertura inaugural | Se é uma abertura, ela só pode ser inaugural. |
Elo de ligação | Se é um elo, apenas é de ligação. |
Goteira no teto | Uma goteira, só pode ser no teto. |
Verdade verdadeira | Se é uma verdade, só pode ser verdadeira. |
Olhar com os olhos | Se uma pessoa está olhando, só pode ser com os olhos. |
Pisar com os pés | Se uma pessoa está pisando, só pode ser com os pés. |
Falta de desrespeito | Se é desrespeito, apenas é uma falta de respeito. |
Limite extremo | Se é o limite, só pode ser extremo. |
Acentos agudo e circunflexo
Acentos agudo e circunflexo
Em nossa escrita, as vogais são representadas, na maioria dos casos, com grafemas básicos sem diacríticos (a, e, i, o, u). Uma quantidade reduzida de vogais, porém, é representada com o uso dos acentos agudo e circunflexo (á, â, é, ê, í, ó, ô, ú).
As razões normalmente invocadas para o uso dos acentos na nossa escrita podem ser resumidas, grosso modo, da seguinte forma: acentua-se a vogal da sílaba mais intensa entre as três últimas da palavra sempre que isso for necessário para orientar o leitor quanto à intensidade da sílaba, quanto ao timbre da vogal, se aberto ou fechado e, em certos casos, para diferenciar entre dois sentidos distintos para a palavra.
As motivações tradicionais para o uso dos acentos já estão superadas. Podem ter sido importantes em outra época, mas na realidade atual do idioma, as regras de acentuação soam arbitrárias. Basta uma análise ligeira para perceber que quem definiu as regras da nossa ortografia selecionou arbitrariamente os casos em que o leitor supostamente precisa de orientação quanto ao timbre da vogal e à posição da sílaba intensa. Da mesma forma, os casos em que se usa o chamado acento diferencial também foram definidos arbitrariamente. Além disso, concluiu-se erroneamente que o leitor precisa ser orientado sobre essas informações. O leitor identifica as características das vogais nos casos em que não se usa acento e que são a maioria, então por que não as identificaria nas posições em que o acento é usado? Apesar de as razões tradicionais para uso dos acentos não serem razoáveis, as regras de acentuação continuam sendo exigidas em contextos formais e, por isso, vamos a elas.
As regras de uso dos acentos agudo e circunflexo são as seguintes:
Uso do acento agudo
O acento agudo é usado na representação das vogais abertas /á/, /é/, /ó/ e também de /i/ e /u/. Exemplos: água, época, óbvio, ícone e útil. Além disso, o acento agudo aparece nos dígrafos ín, ím, ún, e úm, que representam vogais nasais. Exemplos: índio, ímpio, único e plúmbeo.
Uso do acento circunflexo
O acento circunflexo é usado na representação das vogais fechadas /â/, /ê/ e /ô/. Exemplos: âmago, convênio ecomplô. Além disso, aparece nos dígrafos âm, ân, êm, ên, ôme ôn, que representam vogais nasais. Exemplos: âmbar, ânfora, êmbolo, ênfase, cômputo e côncavo.
Acentos e intensidade da sílaba
Os acentos agudo e circunflexo só ocorrem na sílaba mais intensa entre as três últimas da palavra. Por exemplo: a palavra com-ple-tí-ssi-mo tem duas sílabas com intensidade destacada, mas só a última apresenta grafema com acento porque está entre as três últimas da palavra. A conseqüência dessa regra é que só se pode usar um acento por palavra.
Proparoxítonas
Proparoxítonas são as palavras em que a antepenúltima sílaba é mais intensa que as posteriores. Todas as palavras deste grupo são acentuadas. Por exemplo: bálsamo, câmara,sétimo, trêmulo, cítrico, próximo, cômodo e último. Esta regra se estende aos dígrafos que representam vogais nasais como em: ímpeto e êmbolo.
Paroxítonas
Paroxítonas são as palavras em que a penúltima sílaba é a mais intensa entre as três sílabas finais. Só uma parte do grupo é acentuada e há várias regras a seguir neste caso. São acentuadas as palavras paroxítonas que terminam com:
Oxítonas
Palavras em que a última sílaba é a mais intensa entre as três sílabas finais são oxítonas. Apenas algumas palavras deste grupo são acentuadas. Vejamos as regras:
Vogais contíguas
Temos duas regras ligadas a vogais contíguas.
Sílabas intensas que apresentam /êẽ/ ou /ôô/
Já não se usa mais. Exemplo: voo, veem.
Sílabas intensas que apresentam /éy/, /éw/ ou /óy/
São acentuadas as palavras em que a sílaba intensa apresenta as seqüências dadas. Exemplos:fiéis, réu, tabaréu, chapéu, jóia e paranóia.
Acentos diferenciais
Usa-se acento diferencial em algumas palavras, supostamente para diferenciá-las de outras com grafia idêntica, exceto pelo acento. Esse recurso é usado, por exemplo, para diferenciar entre duas flexões verbais como em: vem (singular) e vêm(plural). Em alguns casos, temos fonemas distintos, em outros não. Veja na tabela a seguir, alguns pares de palavras cuja grafia se diferencia pelos acentos diferenciais.
Palavras monossilábicas de intensidade fraca
Observe a série seguinte:
Tente encontrá-la.
Doce de leite.
Concentre-se.
As palavras em negrito não são acentuadas, embora aparentemente atendam à regra de acentuação das palavras oxítonas. Diferentemente, são acentuadas as palavras da série a seguir:
Encontro você lá.
Dê-me o livro.
Sê correto.
Catedral da sé.
A diferença está na intensidade da sílaba que compõe a palavra. Na primeira série, temos palavras monossilábicas, pronunciadas sempre em uma intensidade mais fraca que a das sílabas próximas de palavras adjacentes. Pela nossa ortografia, palavras monossilábicas de intensidade fraca não são acentuadas.
fonte: http://www.radames.manosso.nom.br/gramatica/ortografia/acentos.htm
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